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“A Enel levou o Estado de Goiás a um total apagão”, afirma José Mário

Deputado Federal José Mário ao lado dos produtores rurais e empresários goianos

“É inadmissível o que eles estão fazendo não somente com o produtor rural, mas com todo o povo goiano”. Esse foi o discurso defendido pelo deputado federal e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, durante protesto realizado no dia (22/02), na porta da sede da Enel, empresa italiana que adquiriu a Celg e que hoje é responsável pela distribuição de energia no Estado.

“A situação é insustentável. Imagine ficar mais de dez dias sem energia. Quando eles assumiram a Enel, tinham um plano de recuperar totalmente, em três anos, a capacidade de crescimento do estado e distribuição de energia. Já se passou dois anos e a qualidade piorou. Este protesto é apenas o início. É preciso tomar uma providência, inclusive com a empresa encontrando outro lugar, não em Goiás”, disse José Mário.

Com a presença de produtores rurais e a população, o deputado relatou a realidade com a falta de energia no estado. “A Enel não está atendendo a demanda da parte urbana, rural e industrial. Quem quer seja está diariamente penalizado pela péssima qualidade na distribuição da energia, bem como pela falta dela”, afirmou José Mário.

Ele lembrou das perdas com a situação. “Temos caso de cidade com mais de três dias sem energia. Tem produtor de leite perdendo o produto; mercearias no interior que não têm condições de comprar um gerador e perdem todas as mercadorias; medicamentos que precisam de refrigeração, como a de vacinas, tudo isso perdendo”, destacou o deputado.

O presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio-GO), Marcelo Baiochi, também participou do evento e disse que percebe as dificuldades do público por causa das constantes quedas de energia. “O comerciante está sofrendo junto com o homem do campo e toda sociedade. Sofre todo setor, desde o pequeno empresário ao grande. Todo mundo está reclamando e nós buscamos o diálogo”, afirmou.

Durante o protesto, os manifestantes acenderam velas em frente à empresa a doarem 2 mil litros de leite para a Vila São Cottolengo, Casa de Eurípedes, Paróquia São Francisco,Casa de Ismael e Grupo Espírita Amor e Vida. Produtores de leite do interior do Estado têm reclamado com frequência sobre os prejuízos causados pala falta de energia nas propriedades rurais.

Um dos manifestantes afirmou que passou nove dias sem energia na sua propriedade e que teve de arrumar outros meios para deixar tudo funcionando. A situação, porém, não o impediu de perder produtos e ter um grande prejuízo.

“Na semana passada, no começo de fevereiro, do dia 3 ao dia 12, fiquei sem energia na propriedade e só foi restabelecida quando a gente conseguiu falar com chefe de gabinete da Enel. Além de perder o leite, só com óleo diesel para tocar o gerador eu gastei R$ 6 mil”, afirmou.

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