Ao argentino Clarín, Marconi diz para explorarem potencialidade comercial da região Brasil Central.
>Ele também falou sobre a recuperação econômica do País, da saída do PSDB do governo Temer, e da possibilidade de assumir a presidência nacional do PSDB
O governador Marconi Perillo concedeu entrevista ao jornal argentino Clarín, na qual abordou a recuperação econômica do Brasil, com a baixa da inflação e crescimento do PIB; debateu questões políticas relacionadas ao governo do presidente Michel Temer, e defendeu a saída do PSDB da base do governo federal. Marconi falou, ainda, sobre a possibilidade de assumir a presidência nacional da legenda, e sugeriu aos argentinos que explorem a potencialidade comercial e de intercâmbio econômico e cultural da região Brasil Central.
“É uma região onde poderão encontrar um mercado de 25 milhões de pessoas. Compreende Goiás, Brasília, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Tocantins e Rondônia. Há uma enorme potencialidade para o crescimento das relações argentinas com a região. O comércio exterior de Goiás cresceu, em 18 anos, de 300 milhões de dólares para 8 bilhões de dólares. Hoje somos grandes produtores agropecuários, além de termos desenvolvido o setor industrial consistente com esse perfil.
Marconi destacou que a estimativa de crescimento do PIB brasileiro para este ano é de 0,7%, com a perspectiva de chegar a 3% no próximo ano; enquanto Goiás deve chegar a 4,5%. “Muito mais que a média brasileira”, pontuou.
Questionado sobre a saída do PSDB do governo do presidente Michel Temer, reiterou que o partido deve deixar o governo de forma diplomática até o final deste ano. “Há que se levar em conta que o PSDB foi um dos partidos que impulsionaram o impeachment contra a então presidente Dilma Rousseff. E, nesse contexto, resolveu assumir suas responsabilidades com respeito ao Brasil”, disse.
Quanto à possibilidade de assumir a presidência nacional da legenda, disse que existem muitos líderes do PSDB que desejam que ele assuma a direção do partido; aspiração que ele leva em consideração. “Temos uma tradição de muito debate sobre ideias e teses partidárias, mas sempre ficamos muito próximos quando tentamos escolher a direção. O mesmo ocorre no caso dos candidatos presidenciais: as discussões prévias apontam a decisão que será tomada por consenso de todos os setores. Nada pode comprometer a unidade do agrupamento”, afirmou.