Campanha nacional coletará DNA de familiares
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em parceria com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), lançou, nesta terça-feira (25), a Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas. A iniciativa marca a celebração do Dia Internacional das Crianças Desaparecidas e tem por finalidade possibilitar a identificação de pessoas desaparecidas por meio de exames e bancos de perfis genéticos.
A campanha também visa a incentivar os familiares a fazerem a doação do material genético, que será voluntária e indolor, para inclusão no Banco Nacional de Perfis Genéticos. Dessa forma, com a tecnologia disponível, é possível identificar vínculos genéticos entre as pessoas cadastradas no banco.
O titular do MJSP, Anderson Torres, ressalta que o lançamento da campanha é “fundamental”, mas o trabalho será ainda mais abrangente: “Precisamos de proatividade, de busca ativa dessas pessoas desaparecidas, criar um programa nacional para orientar profissionais de segurança pública, de saúde e toda a sociedade; e dar uma resposta a essas famílias”.
Comitê
A iniciativa receberá o apoio de um comitê que conta com a participação de integrantes dos ministérios da Saúde e da Cidadania, do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública, das perícias criminais, dos conselhos tutelares, dos conselhos dos direitos humanos e da sociedade civil.
O comitê ficará responsável, entre outras atribuições, pela implementação e monitoramento da Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas e pelo fomento à cooperação entre Governo Federal, estados, Distrito Federal e municípios para o mapeamento, prevenção e busca de pessoas desaparecidas.
A titular do MMFDH, Damares Alves, explica que uma das grandes dificuldades na busca por pessoas desaparecidas é a ausência de informações: “A primeira coisa que esse comitê vai fazer é descobrir de fato quantas crianças estão desaparecendo no Brasil. Não podemos mais fechar os olhos. As crianças estão em risco no Brasil, mas vamos virar essa página”.