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Cirurgia plástica na pandemia

Descubra como o serviço acontece com segurança sanitária e quais as principais recomendações para a realização dos procedimentos

Por anos o Brasil esteve na lista de países que mais realizaram cirurgias plásticas internacionalmente. Em 2019, contudo, a ISAPS – Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética divulgou uma pesquisa em que situava o Brasil no primeiro lugar desta lista mundial. 

Só em 2018 foram registrados mais de 1 milhão de cirurgias plásticas em território nacional e 969 mil procedimentos estéticos considerados não cirúrgicos.

O ranking atual de procedimentos cirúrgicos mais realizados no Brasil e que focam em alterações estéticas são: aumento de mama, lipoaspiração, correção nas pálpebras (blefaroplastia), rinoplastia e abdominoplastia. 

Estima-se que uma a cada 40 brasileiras entre 15 e 60 anos já realizou alguma cirurgia plástica ao longo da vida. 

Ainda de acordo com a pesquisa realizada pela ISAPS, dentre os procedimentos realizados mundialmente, o Brasil corresponde a 13,1% da totalidade de cirurgias.

No levantamento divulgado foi perceptível o aumento de 30% da procura por cirurgias plásticas na pandemia. 

Acredita-se que este aumento esteja relacionado a uma demanda reprimida por procedimentos estéticos que, antes da necessidade de trabalho no regime home office, não era viável para homens e mulheres de todo o país. 

Além disso, o fato de todos terem mais tempo para observar seus próprios corpos em casa fez com que o desejo de pequenos ou grandes retoques estéticos surgissem com mais facilidade.

Entenda como funcionam os cuidados para as cirurgias plásticas realizadas na pandemia, quais são as principais recomendações para o pré/pós-operatório das cirurgias mais realizadas pelos brasileiros logo abaixo.

Principais recomendações para a realização de cirurgias plásticas

A pandemia da Covid-19 trouxe à tona uma série de preocupações a respeito das recomendações do pré e do pós-operatório de pacientes que optaram por realizar procedimentos cirúrgicos durante esta crise mais que sanitária. 

Estas indicações podem ser classificadas em três grupos de precauções. Conheça melhor sobre cada um deles a seguir:

1. Escolha do hospital

Você sabia que existe uma certificação hospitalar chamada “Covid Free”? Este título é oferecido pelo Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde, o IBES, e só pode ser entregue a instituições que tenham passado pelas análises criteriosas do Comitê Científico do IBES. 

Nesta avaliação é identificado o cumprimento de medidas como distanciamento, higiene, limpeza, equipamentos de proteção, comunicação e monitoramento de planos de emergência. 

Com isso, o hospital reconhecido como “Covid Free” possui no seu dia a dia de trabalho protocolos e práticas preventivas e de enfrentamento ao coronavírus. 

Tudo isso, de acordo com os parâmetros estabelecidos tanto pela Organização Mundial de Saúde quanto pelo Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde, atestando a sua segurança na realização de procedimentos.

2. Controle de exposição ao vírus

A recomendação é que haja um isolamento social mais restrito ao menos duas semanas antes da realização da cirurgia plástica. 

Evitar aglomerações, exposições e contato direto com pessoas gripadas é essencial para prevenir o contágio de Covid-19. E se faz necessário informar o médico escolhido caso não seja possível isolar-se semanas antes do procedimento.

Deve-se levar em conta não apenas a vida individual em si, mas de todos os envolvidos, seja pelo trajeto, participação ativa na cirurgia e demais pessoas com as quais todos convivem ou tenham contato direto.

A intensificação dos cuidados é crucial para que haja um menor perigo de contaminação, complicação e contágio durante a cirurgia. Lave as mãos com água e sabão com frequência, utilize álcool em gel 70% e mantenha o distanciamento social. 

Lembrando que esta recomendação é ainda mais indicada para pacientes que possuem imunidade baixa.

3. Testagem e cuidados

O teste RT-PCR é o mais indicado e confiável para a identificação do coronavírus no organismo tanto do paciente quanto do cirurgião e equipe médica.

É indicado que o RT-PCR seja feito ao menos 7 dias antes da data marcada para a cirurgia plástica e, depois disso, o paciente precisa manter-se afastado socialmente. 

Este tipo de cuidado garante não apenas a saúde do paciente que optou por fazer procedimentos estéticos na pandemia, mas, também, a toda a equipe médica escolhida. 

Pacientes que possuam comorbidades como hipertensão arterial ou obesidade, por exemplo, necessitam de atenção redobrada aos cuidados indicados pelo cirurgião escolhido.

4. Pós-operatório

Existem alguns cuidados específicos de pós-operatório que são considerados universais, além daquelas recomendações específicas para cada cirurgia plástica.

Além do que foi indicado e se relaciona diretamente com a pandemia do covid-19, procedimentos como a rinoplastia, a lipoaspiração, o aumento de mama e a blefaroplastia, por exemplo, demandam alguns cuidados gerais:

  • Alimentação: após a realização de uma cirurgia plástica, o organismo precisa de uma oferta ainda maior de nutrientes e vitaminas para voltar ao seu funcionamento natural. 

Muitas vezes o cirurgião pode até mesmo receitar uma dieta específica para o auxílio desta retomada. No geral, alimentos leves, saudáveis, com baixo teor de açúcar e pouca gordura são os mais recomendados para os momentos após a cirurgia.

  • Higiene e cuidados pessoais: a limpeza, os cuidados e a higiene são cruciais para evitar consequências negativas à saúde do paciente, além de garantir um melhor resultado dos procedimentos realizados. 

Observar os curativos e cicatrizes diariamente, esterilizar as mãos com álcool 70% antes de tocar na incisão e estar atento aos possíveis sinais de inflamação são essenciais para uma boa recuperação cirúrgica.

  • Descanso: cada cirurgia possui um tempo determinado para o repouso total ou parcial do paciente. 

Contudo, separar alguns dias do pós-cirúrgico para ficar sem realizar grandes esforços físicos é recomendado para qualquer intervenção cirúrgica ou não cirúrgica. 

É importante encontrar um equilíbrio entre pequenas movimentações diárias para estimular a circulação sanguínea, por exemplo. 

Portanto, os procedimentos cirúrgicos estéticos têm ocorrido, mas, como na maioria das áreas, respeitando novos protocolos para que tudo corra o mais seguro e tranquilo possível. 

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