Política

Daniel critica descaso do governo com a segurança pública e propõe nova política de investimentos.

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Daniel Vilela sobre a nova política de segurança: “Estamos estudando as medidas de sucesso adotadas por outros Estados para implantar aqui”

Goiás se mantém entre os dez estados mais violentos do Brasil e está 50% acima da média do país em número de homicídios. O índice em 2016 foi de 45,3 mortes a cada 100 mil habitantes. A média do país – que já é recorde negativo – é de 30,3. A constatação alarmante está no Atlas da Violência 2018, divulgado nesta terça-feira (5), e deixa claro que é necessária uma mudança de gestão e de definição de políticas públicas na segurança, afirma o deputado federal Daniel Vilela (MDB).

“Os números são claros em mostrar que o número de mortes dobrou entre 2006 e 2016 e escancara o fracasso da política do governo estadual para a segurança pública. Nós propomos investir em inteligência e em pessoal para combater isso, formando núcleos especializados na prevenção de crimes e monitoramento permanente das regiões com piores índices”, afirma, acrescentando que vai também priorizar estratégias de repressão ao crime organizado, que está se fortalecendo no Estado.

O parlamentar afirma que Goiás possui forças policiais capacitadas para combater o crime e diminuir o número de homicídios e demais modalidades. Falta, no entanto, incentivo e investimento por parte do governo de Goiás. “Temos conversado com especialistas de outros Estados para construir nosso projeto e todos concordam com nossa avaliação de que os policiais do nosso Estado estão entre os melhores do País e têm capacidade de combater esta onda de crimes. Mas sabemos que o atual governo dificulta o trabalho deles quando não investe em inteligência, em monitoramento eletrônico, quando deixa viaturas até mesmo sem rádio para a comunicação e municípios sem qualquer aparato de investigação”, diz Daniel Vilela.

Segundo a própria Polícia Civil, 162 municípios goianos (ou 66% do total) não têm delegados. Mais de 100 destes municípios não têm sequer um policial civil. O acúmulo de inquéritos é apontado como uma das dificuldades da categoria.

O deputado e pré-candidato ao governo de Goiás também critica o tratamento desigual dado pelo governo aos novos policiais. “Hoje temos policiais que recebem cerca de R$ 1,5 mil para fazer o mesmo trabalho e estando na mesma categoria e classe de outros que recebem R$ 4 mil. Essa é uma prova da desvalorização das polícias e já nos comprometemos a mudar isso, igualando o vencimento e criando mecanismos de incentivo para esses servidores”, lembra o parlamentar, que foi o primeiro a fazer esse compromisso.

Daniel observa também que no período em que o atual governador, José Eliton, assumiu a Secretaria de Segurança Pública, os homicídios cresceram. “A passagem do governador pela pasta foi mais um dos seus fracassos como gestor”, constata. Entre 2015 e 2016, o ano em que Eliton ocupou a função, os homicídios em Goiás romperam, pela primeira vez, a barreira de 3 mil ocorrências.

Na direção contrária de Goiás, estados como São Paulo e mesmo o Rio de Janeiro (que está sob intervenção militar por conta da violência) conseguiram reduzir homicídios entre 2015 e 2016. “A queda na taxa de homicídios em São Paulo é consistente. Venho falando disso há muito tempo e nosso grupo de trabalho na área já está estudando esse caso de sucesso para trazer para Goiás as soluções adotadas lá, bem como de outros Estados da federação que têm resultados positivos na área”.

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