É preciso cortar privilégios de ex-presidentes condenados diz Alvaro Dias
O senador Alvaro Dias (Pode-PR) apelou, nesta segunda-feira (1º), por celeridade para votação do Projeto de Lei (PLS) 343/2016, de sua autoria, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). O objetivo do projeto é acabar com os privilégios dos ex-presidentes da República, condenados por crimes de responsabilidade ou crime comum. O senador alertou que as despesas com assessores e locomoção, por exemplo, pagos com recursos públicos, geram grandes prejuízos para o país. Para sustentar sua opinião, Alvaro apresentou ao Plenário planilha publicada pelo jornal O Estado de São Paulo, que detalha os gastos
Citando o jornal, ele revelou que Dilma Rousseff, ex-presidente que sofreu impeachment, foi candidata ao Senado por Minas Gerais em 2018 e utilizou dinheiro público na campanha eleitoral. Ainda segundo a matéria do jornal paulista, a ex-presidente gastou R$ 632,2 mil no ano passado com itens como viagens, diárias, passagens de assessores e combustível.
— São recursos públicos que pagam essas despesas. Nós temos que conter esse descalabro de gastos, aprovando esse projeto. Fica desconfortável conviver nesse ambiente da política aceitando essas injustiças. Privilégios devem ser combatidos. Há privilégios que são insustentáveis e perduram, sobrevivem ao tempo. Nós não podemos mais ficar calados diante deles, sob pena de também sermos julgados impiedosamente pela população — disse.
Dívida pública
O parlamentar fez um apelo ao Ministro da Economia, Paulo Guedes, para que considere a dívida pública brasileira, que consome 7% do Produto Interno Bruto (PIB), como calcanhar de Aquiles da sua gestão. Ele alertou que é preciso buscar alternativas para uma administração mais comprometida com a redução da dívida pública.
— E, quando nós buscamos as estatísticas dos países endividados, nós vamos verificar que a dívida do Brasil é crescente enquanto as dos outros países é decrescente. E nós vamos verificar ainda que a dívida pública brasileira está muito acima da dívida do setor público de países emergentes como o nosso. Entre os países emergentes, o Brasil é o mais endividado de todos.
Jornal Comunidade em Destaque com informação da Agência Senado