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Metrobus reduz gastos, zera déficit e coloca mais ônibus no Eixo Anhanguera

Eixo Anhanguera.

A Metrobus Transporte Coletivo S/A vai zerar seu déficit financeiro mensal a partir de dezembro, depois de ter iniciado o ano com saldo negativo em média de R$ 2 milhões. Para isto, a estatal goiana viveu uma complexa reorganização financeira e administrava desde abril, quando passou a ser presidida pela engenheira civil Daniela Malaspina, especialista em Gestão de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a convite do secretário estadual Hwaskar Fagundes (Secima) e do governador José Eliton

Com a indicação técnica e liberdade para promover as mudanças necessárias na concessionária do transporte coletivo em Goiânia, que opera o Eixo Anhanguera, Daniela Malaspina adotou uma administração enxuta, baseada no corte de gastos e otimização dos recursos. Recuperar a saúde financeira da Metrobus foi o grande desafio e tem sido ainda o foco da atual gestão, segundo ela.

Em abril, muitos ônibus da Metrobus estavam parados na garagem por falta de manutenção. Os horários das viagens não eram cumpridos, gerando atrasos em toda a operação de transporte no Eixo Anhanguera e suas extensões. Se anteriormente o período de espera entre um veículo e outro no terminal de ônibus não passava de quatro minutos nos horários de pico, no início deste ano o tempo de espera chegava a 10 minutos.

A primeira ação tomada para colocar mais veículos nas ruas e economizar, desafogando a folha de pagamento, ocorreu por meio do corte de pessoal com base na produtividade. “Foi realizado um estudo interno para colocar à disposição e exonerar funcionários que não estavam desempenhando um trabalho produtivo”, afirma Daniela Malaspina. O resultado foi a economia de aproximadamente 20% nas despesas mensais. Foram adotadas também ações de gestão, como a otimização de serviços e recursos dentro da empresa.

As medidas garantiram a recuperação de 20 veículos, que foram colocados no Eixo Anhanguera para atender os usuários do transporte coletivo. Com um maior número de veículos voltando a operar na Avenida Anhanguera, a Metrobus conseguiu reduzir consideravelmente o tempo de espera entre um veículo e outro, bem como cumprir a exigência da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC).

O governador José Eliton afirma que os resultados obtidos na Metrobus em um pequeno intervalo de tempo demonstram que as empresas estatais, quando submetidas a gestões profissionais e competentes, podem se tornar plenamente viáveis e, dessa forma, serem saudáveis financeiramente e capazes de prestar serviços de qualidade aos cidadãos. “Os usuários da empresa, aquelas pessoas que diariamente se servem dos ônibus do Eixo Anhanguera para se deslocar ao trabalho ou ao estudo, merecem um serviço de excelência. Esse é o foco do Governo de Goiás”, destaca o governador.

Uma das primeiras medidas tomadas por José Eliton ao assumir o governo de Goiás, em 7 de abril deste ano, foi suspender o processo que iria compartilhar a gestão da Metrobus com empresas de transporte do setor privado, especialmente da linha do Eixo Anhanguera, a maior de Goiânia. Além disto, em maio deste ano, o governador também implantou o Batalhão dos Terminais, que desde então reduziu em cerca de 80% os registros de furtos e roubos nos terminais do Eixo Anhanguera.

Plataformas e Terminais – Outro passo significativo, no sentido de sanear as contas da Metrobus, foi equalizar o custeio na gestão de Plataformas, Terminais e outras obrigações acessórias junto ao Redemob Consórcio, que administra tais serviços.

Se antes a Metrobus repassava aproximadamente 40% do seu faturamento operacional bruto para a gestão do sistema de bilhetagem e terminais e plataformas, dentre outros, a partir de dezembro próximo irá transferir apenas 15%.

“Essa medida representará uma economia de aproximadamente R$ 1,4 milhão por mês e junto com as ações adotadas anteriormente praticamente zerarão o déficit financeiro da empresa já a partir de dezembro próximo”, observa Daniela. Conforme a presidente da Metrobus, trata-se do início da recuperação da estatal, situação que a população poderá conferir a médio prazo, quando acontecerem futuros investimentos. “O cenário atual já é consideravelmente melhor do que aquele que recebemos em abril”, frisa.

A Metrobus Transporte Coletivo S/A é uma empresa do Estado criada em 1997, em decorrência da cisão que ocorreu na Transurb. Ela se tornou concessionária dos serviços de transporte coletivo na capital devido a esta cisão, e a consequente sub-rogação, por parte da empresa, da concessão da qual a Transurb era titular. A concessão da linha foi renovada em março de 2011 para um período de mais 20 anos

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