O povo quer mudar, não sei como!
Artigo
O que mais temos visto ou lido nos últimos anos, são as propostas de mudanças de alguns políticos e os propósitos de vários eleitores, de votarem para mudar o País; mas não foi isto que vimos ou foi o que aconteceu na última eleição geral de 2018 no Brasil. Em Goiânia (GO) e Palmas (TO) – a capital mais nova do País – por exemplo, existem vereadores que buscarão nas eleições municipais de 2020, os 9º e 4º mandatos; cuidado, porque o povo quer mudar.
Mas, vamos mudar o rumo e o endereço da nossa conversa, vamos então para Brasília – a capital federal. Lá no Congresso Nacional – bicameral – composto pelo Senado Federal e pela Câmara dos Deputados Federais, a situação não é muito diferente do que relatamos anteriormente. Existem alguns senadores e deputados federais, que já cravaram suas eternas moradias em Brasília (DF); lá eles não pagam aluguéis, pois recebem verba de auxílio moradia.
Em tempo: vários pacientes com câncer em estado terminal aqui no Brasil, às vezes não conseguem sequer, receberem os minguados benefícios da previdência social. Portanto, o eleitor consciente que esperava uma renovação de verdade no Congresso Nacional, se decepcionou, ou melhor, rachou a cara.
Na eleição presidencial de 2018, quase todos os brasileiros tinham esperança de haver uma mudança significativa no Congresso Nacional. O então candidato agora presidente da República Federativa do Brasil Jair Messias Bolsonaro (PSL), cantou em prosas e versos pelos quatro cantos do Brasil que ele eleito fosse, jamais cederia as pressões do Congresso Nacional e que iria governador o País, com independência, sem fazer barganhas políticas. Com 55,13% ou seja, 57.797.847 de votos, os eleitores brasileiros, acreditaram em Bolsonaro e, o elegeram Presidente do Brasil. Mas, estes mesmos eleitores se esqueceram de fazer a limpeza geral na Câmara dos deputados federais e no Senado Federal – bons candidatos não conseguiram se eleger.
Agora, veja o que está acontecendo em Brasília (DF): o Presidente Jair Bolsonaro, na aprovação parcial da tão badalada “ Reforma da Previdência”, pela Câmara dos depurado federais, parece que na calada das noites frias de do Distrito Federal, precisou fazer alguns conchavos políticos, em outras palavras negociações ou concessões; mas, o povo quer mudar, não sei como.
Olha, o que falta ao eleitor brasileiro é consciência e escolas políticas. No passado existia uma disciplina adotada nas escolas que se chamava Educação, Moral e Cívica (EMC). A partir de 1969, a nova disciplina Educação Moral e Cívica substituiu as matérias tradicionais filosofia e sociologia que ficaram caracterizadas pela transmissão da ideologia de exaltar o nacionalismo e o civismo aos alunos e privilegiar o ensino de informações factuais em detrimento da reflexão e da análise.
Em 1969 em pleno regime militar – autoritário- esta disciplina foi substituída pela Organização Social e Política Brasileira (OSPB). Estas matérias tinham conteúdos voltados para o ensino e a difusão dos aspectos políticos brasileiros, como sistema de governo, estruturas partidárias, senso nacionalista – que o brasileiro até hoje, não tem. Alíás, uma professora me confidenciou: acredito que, 70% dos brasileiros não sabem cantar o hino nacional.
Alguns jogadores da seleção brasileira de futebol, por exemplo – altíssimos salários – antes de começarem os jogos, eles mastigam chicletes, para disfarçar diante das câmeras da televisão, pois não sabem cantar o hino nacional brasileiro – uma vergonha.
Agora todas estas duas disciplinas desapareceram das grades escolares e foram substituídas pelos aparelhos de telefonia móvel (celulares). Alunos deles acessam seus celulares em plena salas de aulas, buscando conteúdos pornográficos, músicas sertanejas, etc. O professor está proibido por lei, de proibir o aluno de acessar o seu celular em sala de aula.
Enquanto isto, o centro avante rompedor Jair Bolsonaro que não é muito habilidoso, sofre muito nesta disputa desigual, faz gols de letra mas em compensação, ele também, faz gols contra, ao bater o tiro de meta, porém o jogo continua. Até o próximo!
Por Raimundo B Lira é jornalista, Internacionalista e especialista em Mídia Digital e Redes Sociais.