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O que muda na imigração americana após as eleições de meio de mandato

Os Republicanos fizeram maioria na Câmara dos Representantes (218 deputados Republicanos
contra 210 deputados Democratas). Uma vitória aquém das esperanças dos Republicanos de
criarem o que chamaram antes das eleições de “onda Vermelha”, mas frustrará a agenda
doméstica do presidente Joe Biden e provavelmente sujeitará sua Casa Branca a vários
escrutínios.


Já os Democratas mantiveram a maioria no Senado, o que de certa forma, ainda fortalece o
Governo Biden, que tem se mostrado muito fraco nas tomadas de decisões dos principais pontos
críticos do Governo como política econômica e imigração.
Os resultados positivos para os democratas na eleição de meio de mandato dos EUA – assim
conhecida por ocorrer justamente no meio do mandato presidencial – foram além das
expectativas dos Democratas, pois nos últimos 20 anos, eleitores americanos em geral,
“puniam” nas urnas o partido do presidente que estava no poder, votando em maior número nos
candidatos da oposição.


O Presidente Biden disse estar “incrivelmente satisfeito” com os resultados e que agora é hora
de os republicanos decidirem “quem eles são”. Mas a governabilidade de Biden pode sofrer um
duro impacto com o próximo presidente da Câmara, o Republicano Kevin McCarthy que deverá
substituir a democrata Nancy Pelosi.

De acordo com o Gallup (https://news.gallup.com/opinion/polling-matters/403742/opinion-
election-guns-immigration-climate.aspx ), apenas 6% dos americanos mencionam a imigração

como o problema mais importante do país, o que coloca o tema em quarto lugar como problema
mais mencionado, atrás de Governo, Inflação e Economia. Este percentual é bastante inferior
ao que acontecia em anos anteriores, entre 2018 e 2019 por exemplo, este percentual chegou a
20% da população.
O maior foco sobre a questão da imigração para o governo dos EUA e os parlamentares, deve
estar voltado para a imigração ilegal e as infinitas caravanas de indocumentados que chegam a
diariamente à fronteira sul do país, advindos, principalmente dos países da América Central e
Venezuela, que vivem ditaduras há décadas. É urgente que se busque encontrar soluções,
mesmo que paliativas para resolver ou amenizar esta questão que alimenta organizações
criminosas de contrabando de pessoas, colocam pessoas em risco de morte, separam famílias,
enfim, um drama generalizado.

A imigração legal, provavelmente não sofrerá grandes impactos neste meio de mandato, pois
que as cotas anuais para os diversos tipos de vistos, provavelmente não serão alteradas

Por Witer, Pessoni & Moore an International Law Corporation
Dr. Witer DeSiqueira
OAB/GO – 27.288

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