Presidente do Imas é preso por fraude em Goiânia
O presidente do Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas), plano de saúde dos servidores municipais, Sebastião Peixoto, foi preso na manhã desta quinta-feira (21) durante ação do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) que investiga suspeitas de fraudes e desvio de verbas no órgão.
Além dele, são cumpridos outros 6 pedidos de prisão. Os outros cinco alvos são médicos suspeitos de participar do esquema. Existem outras nove ordens de busca e apreensão sendo executadas, na sede do Imas e em clínicas que párticipariam do esquema.
Responsávem pelo Imas, a prefeitura de Goiânia, disse em nota que colabora com as investigações e que afastou o presidente até a conclusão das investigações.
Batizada de “Fatura Final”, a ação investiga a falsificação e a adulteração de documentos por uma organização criminosa com o intuito de apropriar-se de verbas do instituto. O alvo do grupo era um contrato no valor de R$ 10 milhões com uma clínica de fachada, onde, conforme o MP-GO, “as fraudes aconteciam em atendimentos médicos inexistentes”.
Conforme os promotores de Justiça que atuam no caso, foi constatado “uso indevido de registros de conveniados do IMAS” em vários procedimentos fraudulentos. Essa manobra era realizada para beneficiar uma clínica conveniada ligada a um diretor do instituto.
Segundo a investigação, um dos médicos era dono de uma clínica, na qual atuavam outros dois colegas. Por meio do esquema, aponta o MP, eles agendavam consultas de pacientes, adulterando documentos, cujos nomes dos beneficiários eram incluídos em guias sem que soubessem. Mesmo assim, as faturas referentes aos atendimentos eram geradas e pagas.
O órgão constatou que, em 2017, passou a figurar como proprietária da clínica uma advogada, prima de sua esposa. Porém, há indícios de que, mesmo assim, o médico permaneceu à frente da instituição.
Poucos dias antes de “deixar” a direção da clínica, o médico foi nomeado como diretor de Assistência à Saúde do Imas. Quatro meses depois, a clínica assinou o contrato de R$ 10 milhões com o instituto.