Produtor tem capim de sobra depois do curso sobre manejo de pastagens do Senar Goiás
Há mais de 10 anos, Wilson Alves comprou uma propriedade na cidade de Goiás. No Sítio Paraíso, de 27 hectares, são criadas vacas nelores para leite e para a produção de bezerros, que são vendidos para a recria. A pastagem do local sempre foi um desafio para o produtor. Por muitos anos ele preferiu não fazer nenhum tipo de investimento.
“Eu e outros produtores até tínhamos vontade. Mas nunca tínhamos encontrado alguém que nos mostrasse as vantagens de trabalhar a fertilidade da terra com pasto”.
Quase tudo que o pecuarista sabia sobre o cuidado com o capim foi aprendido com o pai. A mente dele começou a se abrir para novas possibilidades quando conheceu o curso “Manejo de Pastagens” do Senar Goiás. “Eu fiz o curso porque aqui na minha região cerca de seis amigos se inscreveram e eu fui também. Um pouco mais por curiosidade”, recorda.
Em 12 anos, o curso já atendeu milhares de produtores rurais. Wilson se surpreendeu, gostou tanto do conteúdo que decidiu, em períodos diferentes, fazer outros dois. E desde então, resultados e mais resultados se somam ao crescimento do Sítio Paraíso. Não à toa, ele passou a observar a pastagem, verdadeiramente, como um investimento. “Mudou a minha vida. Agora percebo que não entendia quase nada do que é preciso para um bom pasto”, conta.
A qualificação trouxe, entre outras coisas, determinadas percepções que ele não tinha. Por exemplo: o uso do calcário. O minério tira a acidez da terra, principalmente de solos que são mais antigos, como o do Sítio Paraíso.
O ponto central do curso (além da prática) é mostrar as diferenças e dar respostas aos “porquês” dos alunos, o que propicia, inclusive, um ensino ainda mais personalizado, que atende às necessidades de cada participante.
“Não é sobre mudar tudo de uma vez, mas nosso alvo é mostrar ao produtor que, na verdade, ele deve aproveitar melhor aquilo que já tem. Isso é uma verdadeira mudança de perspectiva”, explica a engenheira agrônoma e instrutora de manejo de pastagens do Senar Goiás, Letícia Vilela.
Ao se referir ao próprio trabalho, ela descreve que se sente como uma auxiliar que pega um quebra-cabeças desmontado e, juntando as peças, demonstra como é o processo de construir uma imagem completa.
Há muitos exemplos, segundo ela, de produtores que, desacreditados e frustrados com o próprio trabalho, tiveram a alegria, a esperança e a força de vontade renovadas ao passarem pelas instruções dos cursos que ministra no Senar Goiás. O trabalho que conquista a muitos, de pouco em pouco, é realizado em diversos municípios do estado. E nesse pouco a pouco, o “Manejo de Pastagens” vai caindo na boca do povo.
“Já é um curso que se popularizou. Satisfação é o que define meu trabalho. Eu me sinto muito feliz como instrutora e gosto de ser aquela professora que deixa sempre uma ‘pulga atrás da orelha’ dos meus alunos, que é justamente o que leva eles ao crescimento”, detalha a instrutora.
O acesso ao conhecimento técnico oferecido pelo Senar Goiás, incentiva mais produção, renda, qualidade de vida e novas atividades.“Na minha propriedade eu tenho 50 rezes. Eu fiz o teste num pasto pequeno para ver com o seria o resultado. Consegui dobrar a capacidade de animais no local e ainda sobrou capim. Minha ideia agora é comprar um trator e fazer a recomposição nas áreas que sobraram. Isso com certeza vai me permitir aumentar minha produção e rentabilidade”, Wilson conclui animado.
Para conhecer os cursos da área, procure o Sindicato Rural da região ou acesse:
Fonte: Comunicação Sistema Faeg/Senar