TCE-GO reforça alerta de Daniel Vilela sobre rombo nas contas do Estado.
O governo do Estado está abrindo créditos suplementares sem nem mesmo atingir suas metas de arrecadação, aponta relatório do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO). A constatação confirma o alerta sobre irregularidades nas contas públicas feito pelo deputado federal e pré-candidato ao governo pelo MDB, Daniel Vilela. O relatório do conselheiro Saulo Mesquita foi votado nesta quarta-feira (13), dois dias depois de o parlamentar protocolar ofício na corte sobre as manobras fiscais do governo e pedir a instauração de uma tomada de contas especial para averiguar o rombo orçamentário. O pedido está sob análise dos conselheiros.
Ao estudar as contas do governo, Daniel detectou um déficit de R$ 4,6 bilhões no orçamento para este ano. Só para quitar a folha do funcionalismo, o déficit orçamentário previsto está em R$ 3,8 bilhões. Na sessão de ontem do TCE, que avaliou o relatório de execução orçamentária do governo estadual no primeiro bimestre de 2018, o conselheiro Saulo Mesquita mostrou preocupação: “Os problemas que foram encontrados são graves. Se não houver limitação de empenho, contingenciamento, o horizonte que se afigura não é favorável. A tendência é o fechamento das contas ao final do exercício com muita dificuldade. Com dificuldade inclusive, me parece, para a quitação da folha.”
Daniel Vilela lembra que vem há algum tempo alertando para as pedaladas do governo, que ele classifica como um verdadeiro triatlo fiscal, mas que se assustou com o tamanho do déficit orçamentário verificado por ele e sua equipe de técnicos. “Isto é a comprovação da irresponsabilidade deste governo com as contas públicas e vai acabar estourando no colo da população e do funcionalismo. O governo age, mais uma vez, de forma eleitoreira e sem planejamento, improvisando remendos para um problema que requer medidas consistentes”, critica Daniel Vilela. “Estamos diante de uma bola de neve que se não for contida agora, pode colocar Goiás na mesma situação de falência que estados como o Rio de Janeiro.”