Desmonte na Saúde coloca população em risco por falta de medicamentos atendimento e vacinas
Para evitar a piora da crise, o orçamento precisará de acréscimo de R$ 22,7 bilhões. Recursos que serão possíveis com a aprovação da PEC do Bolsa Família.
Corte no orçamento, insuficiência de vacinas para a covid-19, falta de medicamentos básicos, queda nos índices de vacinação, filas para cirurgias e procedimentos e apagão de dados mostram que o país vive grave momento de insegurança sanitária, concluem os coordanadores do Grupo Técnico da Saúde do gabinete de transição, em primeiro diagnóstico do setor, apresentado nesta sexta-feira (25/11), em entrevista coletiva no CCBB.
Para 2023, o cenário é de agravamento da crise por falta de recursos. O senador e ex-ministro Humberto Costa revelou que R$ 10 bilhões dos recursos previsto para o Ministério da Saúde no próximo ano estão destinados para o orçamento secreto.
Com isso, programas como Farmácia Popular, Médicos pelo Brasil, Saúde Indígena, por exemplo, sofreram cortes de mais de 50%. Para evitar a piora da crise, o orçamento precisará de acréscimo de R$ 22,7 bilhões. Recursos que serão possíveis com a aprovação da PEC do Bolsa Família.
“Nós não temos a opção de não aprovar essa folga orçamentária para a área da saúde. Nós não temos a opção de votar ou não votar essa PEC que está lá no Congresso Nacional. Ou votamos ou por outro lado nós vamos ter uma crise profunda na área da saúde e que será profunda também em várias outras áreas” – Humberto Costa
O coordenador dos Grupos Técnicos, Aloizio Mercadante, destacou que há uma urgência no país em todas as áreas, causada pelo desmonte do Estado promovido gestão do Bolsonaro. E que o Congresso Nacional precisa tomar uma decisão.
“A folha de pagamento (Auxílio Brasil) tem que rodar para janeiro, pandemia se expandindo, as crianças não estão sendo vacinadas, você não tem estatísticas”, enumerou.