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Combustível ficará em alta também em 2022?

Depois de preços altíssimos em 2021 a dúvida que fica é: 2022 vai acompanhar a alta dos combustíveis

Não é novidade para ninguém que o combustível atingiu números exorbitantes em 2021. O preço médio da gasolina comum chegou a bater os R$6 no final de setembro. Em alguns estados, o litro ultrapassou os R$7.

Foi possível perceber uma queda singela no valor do combustível em dezembro, mas que ainda pesa no bolso de milhões de brasileiros.

Em 2022, o que os motoristas devem esperar ao encher o tanque no ano novo? Veja a seguir.

Por que o combustível ficou tão caro?

Antes de mais nada, é importante entender o que motivou a alta no combustível. Ao contrário do que muitos podem pensar, o problema não é fruto de apenas um fator, mas de vários.

Os valores registrados no Brasil seguem o comportamento do mercado internacional. Desde 2016, a Petrobras vem seguindo o Preço de Paridade Internacional (PPI), que usa como base a cotação do barril de petróleo e a variação cambial.

O preço do barril subiu de maneira drástica em 2021 porque a demanda por combustível aumentou quando vários países abriram suas fronteiras após longos meses de lockdown.

A dinâmica da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) também pesou. Concentrando mais de 40% da produção mundial de commodity, a organização muitas vezes bloqueia os estoques de barris para valorizá-los.

Em meados de 2021, a Opep anunciou que a ampliação da oferta voltaria por causa do aumento expressivo nos preços.

Outro ponto de muita importância é a desvalorização do real. Como a cotação do petróleo é feita em dólar, o Brasil sai em desvantagem em relação à precificação.

A moeda brasileira desvalorizada também é consequência de diversos elementos: o crescimento da economia dos Estados Unidos – e de seus juros –, a instabilidade causada pela pandemia e a condução do governo federal.

Os conflitos do presidente da república com os demais poderes, desentendimentos diplomáticos com outros países, escândalos de corrupção e a incerteza em relação às eleições presidenciais de 2022 contribuem para o cenário econômico brasileiro atual.

Por causa disso, muitos investidores veem negócios internos como detentores de alto risco, preferindo, então, realizar aplicações em outros países que sejam considerados mais seguros.

Como fica o valor do combustível em 2022?

De acordo com um levantamento realizado pela ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas, a gasolina deve começar o ano um pouco mais barata em todo o país. 

O estudo estima que o primeiro trimestre de 2022 terá uma queda acumulada de 5,94%, com o combustível sendo vendido a R$6,18 em março, que é o menor índice previsto para o ano.

Calcula-se que o preço voltará a subir em abril e atingirá a maior alta em setembro, com média de R$6,55 – número semelhante aos preços verificados em 2021.

Expectativa de queda

No último trimestre de 2022, o custo da gasolina deve apresentar mais uma queda tímida, ficando pouco acima dos R$6,30.

Essa redução acontecerá por causa do dólar. A expectativa é de que o mercado econômico seja mais estável em 2022, ao menos no início do ano.

Apesar do fator que deve contribuir para o afrouxamento no preço do combustível, a mudança não vai ser muito expressiva. Isso  porque a tendência é de que o real continue em desvalorização.

A divulgação dos resultados foi feita na metade de dezembro. A ValeCard realizou a pesquisa considerando as condições cambiais, o estado do mercado macroeconômico em 2022, a formação do valor do combustível para o mês de janeiro e dados do Banco Central e da Petrobras.

Como poupar dinheiro com o carro?

Apesar da queda prevista nos combustíveis em 2022, fica claro que essa redução não é muito significativa.

Não é possível agir de maneira direta em relação às questões do câmbio financeiro, oferta e trâmites políticos. Portanto, a estratégia que o consumidor comum tem nas mãos é encontrar maneiras de economizar com o veículo.

Sempre revisar o funcionamento do carro e manter a manutenção em dia evitam gastos excessivos com consertos mecânicos e com a gasolina.

Tirar o carro da garagem apenas quando for realmente necessário é uma boa forma de economizar. Recomenda-se que viagens mais curtas sejam feitas de transporte público, bicicleta ou a pé. 

A contratação de um seguro auto também pode aliviar o bolso em casos de acidentes, roubos, desastres da natureza, entre outros sinistros.

Pagar a mensalidade do seguro, em vários casos, sai muito mais em conta do que arcar com os custos de uma batida ou ação criminosa.

Algumas seguradoras, inclusive, oferecem planos especiais que se encaixam na categoria pay per use, que é quando o serviço só é pago quando for utilizado. Para fazer o cálculo, a quilometragem do veículo é determinante.

Isso significa que o dono do carro só vai pagar pelo seguro de acordo com quantos quilômetros dirigiu no mês. Se o automóvel ficou mais tempo parado do que na rua, a conta sai mais barata.

Esta é uma forma de economizar, mas sem abrir mão da segurança.

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