Marcondes Gadelha debate distritão com Rodrigo Pacheco para eleições 2022
Presidente nacional do PSC é um dos líderes da campanha ‘Meu Voto, Minha Escolha’ pela aprovação do novo sistema eleitoral no Congresso Nacional.
Com o avanço na Câmara dos Deputados da Proposta de Emenda à Constituição 125/11, na qual está inserida a adoção do sistema eleitoral chamado distritão, o presidente nacional do Partido Social Cristão, Marcondes Gadelha, e o deputado federal Euclydes Pettersen (PSC/MG) encontraram-se com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM/MG), para conversar sobre a receptividade da matéria na Casa.
Gadelha, um dos líderes da campanha “Meu Voto, Minha Escolha” pela aprovação do novo sistema no Congresso Nacional, apresentou as preocupações do grupo pró-distritão caso o modelo proporcional continue vigorando nas próximas eleições.
“Alertei que o sistema proporcional sem a possibilidade de coligação perde completamente o sentido, pois dizima as pequenas legendas e não garante a representatividade”, disse Gadelha, acrescentando, ainda, que o sistema atual põe em risco o pluripartidarismo e, consequentemente, a democracia.
Para o deputado Euclydes Pettersen, não é razoável que o Congresso mantenha um sistema que o eleitor não compreende e distorce a vontade expressa na urna.
“O distritão atende melhor ao eleitor porque reflete exatamente o sentimento dele na hora voto. Muitos reclamam que votam em pessoas conhecidas, mas acabam ajudando a eleger ilustres desconhecidos”, destacou o parlamentar.
Os sociais cristãos disseram ter deixado o Senado com o sentimento de que o presidente Rodrigo Pacheco não impedirá o andamento da proposta na Casa.
“Tenho convicção de que, a depender do presidente Rodrigo Pacheco, o Senado respeitará a decisão da Câmara”, avaliou Marcondes Gadelha.
Distritão
Ao adotar o distritão, o voto se torna único, majoritário e intransferível para cargos legislativos. Dessa forma, são eleitos os deputados federais, estaduais, distritais e vereadores mais votados.
O novo sistema acaba, portanto, com a figura do puxador de votos, pois não haverá mais possibilidade de transferir os votos de um candidato para outro; e simplifica o processo, ao abolir o quociente eleitoral para o preenchimento das vagas