Cidades

Ministério Público continua investigando cidades goianas por suspeita de ‘furada de fila’ na vacinação contra a Covid-19 em Goiás.

Há denúncias em Santa Helena de Goiás, Mineiros, Pires do Rio e Crixás de suposta aplicação de doses em pessoas que não pertencem ao grupo prioritário e que não são da própria cidade. Moradores podem denunciar irregularidades.

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) investiga quatro cidades goianas por supostas “furadas de fila” durante a campanha de imunização contra a Covid-19. O órgão informou que Santa Helena de Goiás, Mineiros, Pires do Rio e Crixás são suspeitos de aplicar doses em pessoas que não pertencem ao grupo prioritário.

Os promotores de Justiça terão acesso ao cadastro de pessoas vacinadas contra a Covid-19 no estado para cruzar os dados de quem recebeu a dose da CoronaVac com os nomes de quem está na lista do grupo prioritário nesta primeira etapa a fim de identificar as “furadas de fila” na campanha de imunização.


Após a investigação, se a prática for comprovada, a pessoa que recebeu a dose e quem a vacinou podem responder pelo crime de peculato, segundo o MP-GO.

Em algumas cidades, a investigação está avançada. Em Pires do Rio, por exemplo, o promotor de Justiça Marcelo Borges Amaral já ouviu seis testemunhas e apurou que três pessoas furaram a fila da vacinação, incluindo, o próprio ex-secretário de Saúde do município, Assis Silva Filho. Ele também ordenou que a esposa, a quem se refere como “a mulher da vida dele”, fosse vacinada.

Assis Filho pediu exoneração do cargo no último fim de semana, após o juiz José dos Reis Pinheiro Lemes conceder liminar a pedido do MP para afastá-lo do cargo por 60 dias.

Santa Helena de Goiás

Uma dentista de Santa Helena de Goiás recebeu uma dose da vacina CoronaVac dentro da Vigilância Sanitária e postou a foto da imunização em rede social. Ela escreveu: “Momento mais esperado do ano”. Mas a dentista trabalha em clínica particular de odontologia e não pertence ao grupo prioritário definido pelo Ministério da Saúde.

A promotora de Justiça Anna Edesa Lins Boabaid instaurou um procedimento para apurar o motivo de a dentista e outros 66 profissionais da rede particular terem sido vacinados. Também é investigada a razão de 150 idosos com mais de 75 anos e que não estão em asilos terem recebido as doses.

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