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Movimentos negros lançam campanha para pressionar Lula por indicação de ministra negra progressista para o STF

Campanha assinada pela Coalizão Negra por Direitos e mais 18 organizações e movimentos pressiona o presidente às vésperas da aposentadoria da ministra Rosa Weber

Ministra Negra no STF é o nome da campanha lançada nesta quinta-feira, 31 de agosto, com objetivo de pressionar o presidente Lula para que a próxima nomeação do Supremo Tribunal Federal (STF) seja de uma jurista negra e progressista. A campanha direciona o pedido da população diretamente para os e-mails do Serviço de Informações ao Cidadão e da Secretaria Geral da Presidência. Nas primeiras horas de campanha, mais de 11 mil mensagens foram disparadas.
 

A campanha vem para fortalecer a mobilização dos movimentos negros brasileiros, que tiveram início tão logo começou o terceiro mandato do presidente Lula, e busca reparar uma realidade alarmante: em 132 anos de história, a mais alta Corte do judiciário brasileiro só contou com três ministros negros e três ministras mulheres, nunca tendo sido ocupado por uma mulher negra.

As movimentações em torno da indicação de uma ministra negra começaram antes mesmo da nomeação de Cristiano Zanin – advogado pessoal de Lula e indicado pelo presidente no início de julho deste ano. Os recentes posicionamentos conservadores de Zanin serviram para aquecer o debate que, agora, se aproxima do desfecho. Isso porque a ministra Rosa Weber, uma das duas mulheres que atualmente ocupa o cargo de ministra, está prevista para outubro.
 

Há um mês da aposentadoria de Weber, as tentativas de influenciar Lula se dão por todos os lados, inclusive por uma ala conservadora que se vê contente com a indicação de Zanin, o que aumenta o risco do Brasil somar mais um homem branco como ministro do STF em 2023.
 

Além da pressão direta por e-mail, a coalizão em torno da campanha Ministra Negra no STF pretende entregar as assinaturas em mãos ao presidente, antes da tomada de decisão.

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