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Crise ocupa agenda presidencial após gravação do dono da JBS.

Foto Divulgação .

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Temer anoiteceu e amanheceu conversando com amigo advogado.
Nos bastidores, avaliação é que governo ainda respira sem aparelhos.

 

O Palácio do Planalto teve uma sexta-feira de alta tensão.
A banda da guarda presidencial segue a rotina das sextas-feiras, mas nada por lá anda no ritmo de costume. A crise tomou conta da agenda presidencial.
 
Michel Temer anoiteceu e amanheceu conversando com o amigo Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, a quem chamou para ser seu advogado de defesa no inquérito aberto na quinta-feira (18) pelo Supremo Tribunal Federal.
 
A conversa prosseguiu no Planalto. Assessores, ministros e aliados também estiveram com Temer. O presidente encaminhou a gravação que Joesley fez da conversa com ele para o serviço de inteligência da presidência da República. Ele quer saber se o material gravado está íntegro ou tem cortes.
 
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, que estava a caminho do Timor Leste, já havia chegado até a Índia, foi chamado de volta. Ele, o ministro da Defesa e os comandantes das forças armadas se reuniram com o presidente. Na pauta, a avaliação da crise.
 
Mas, os ministros mais próximos do presidente viajaram antes de terminar o expediente O chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o secretário-geral, Moreira Franco, por exemplo, foram para seus estados.
O governo faz conta do prejuízo político no Congresso. A semana, que seria de reformas, acabou em rachaduras na base aliada. Com quem o presidente ainda pode contar? O PPS, por exemplo, saiu, mas diz que ainda apoia as reformas.
 
Nos bastidores, sem rodeios, a avaliação é de que o governo ainda respira sem aparelhos. O quadro é grave e delicado. Palacianos calculam que tudo depende do que o ex-auxiliar de Temer, Rocha Loures, vai fazer, do que ainda vai sair no noticiário, da opinião pública. Estão todos com um olho na rua e outro nas investigações. Os mais céticos, aqui no Planalto, admitem que Temer tem que apresentar respostas convincentes a tudo o que aconteceu, se quiser que seu governo sobreviva.
 
Em nota oficial, a Procuradoria-Geral da República informou que foi feita uma avaliação técnica da gravação da conversa do dono da JBS com o presidente Temer e concluiu que o áudio revela uma conversa lógica e coerente. E que a gravação anexada ao inquérito do STF é exatamente a entregue pelo colaborador. E que sua integridade poderá ser verificada no processo.fonte g1.jornal nacional.
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