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Quatro em cada 10 deixaram presente de Dia dos Pais para a última hora

Em meio à redução das restrições ao comércio em parte do país, o Dia dos Pais acontece neste domingo, 8 de agosto. E, na primeira celebração da data após o início da vacinação contra a Covid-19, a previsão do setor é de um cenário mais positivo do que o registrado no ano passado.

De acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), o volume de vendas relacionadas à comemoração – a quarta mais importante do ano para os lojistas – deve chegar a R﹩ 6,03 bilhões. O número é o maior desde 2018 e representa um crescimento de 13,9% em relação a 2020.

Boa parte das compras, no entanto, ficará para a última hora, mostra pesquisa da plataforma All iN. Quatro em cada dez consumidores ouvidos pretendiam escolher o presente para seus pais apenas na semana do evento – ou até mesmo no dia.

“Isso significa que ainda há muitas oportunidades para os lojistas que pretendem lucrar com a data e recuperar parte das receitas perdidas nos últimos meses”, afirma Luciana Carmo, especialista em varejo e fundadora da Achei4U Marketplace.

Para fazer isso, é preciso se adequar às novas necessidades dos consumidores, surgidas ao longo da crise sanitária. Os números deixam claras as tendências atuais: 59% dos consumidores querem pagar em parcelas no cartão de crédito e 41% deles farão suas pesquisas em sites de busca. Além disso, 20% citam especificamente o Instagram, 13%, o Facebook e outros 12%, o WhatsApp. O levantamento ouviu 1.083 pessoas, de todas as regiões do país.

“Durante a pandemia, as lojas precisaram ativar todos os canais de comunicação com os seus consumidores, além de acelerar suas vendas via e-commerce – e esses movimentos se mantêm neste ano com bastante força”, afirma Luciana.

“Os dados mostram que, mesmo que parte dos clientes vá aproveitar a reabertura das lojas para fechar a compra no espaço físico, a jornada do consumidor se inicia online.” Em 2020, dos R﹩ 5,4 bilhões em faturamento do varejo no Dia dos Pais, R﹩ 2,75 bilhões vieram das vendas digitais.

A empreendedora detalha, a seguir, dicas de como os varejistas ainda podem se beneficiar da data para aumentar as vendas até domingo.

Esteja presente – Para aproveitar a disposição dos consumidores para fazer compras nesta semana, a loja precisa lembrá-los de que está lá para atendê-los. “Os negócios devem estar engajados com seus clientes por meio das mídias sociais e de seus canais próprios de contato, de maneira constante e criativa”, diz a fundadora da Achei4U.

Ofereça uma boa experiência – Em primeiro lugar, é fundamental que todos os meios de atendimento ao cliente ofereçam respostas precisas e ágeis. Para as vendas online, a logística de entrega também é essencial. “Frete grátis e entrega express têm prioridade para os clientes”, afirma.

A pesquisa da All iN indica que taxas e prazos de entrega ruins são os principais fatores que fariam os consumidores desistirem da compra, citados por 45% e 38% deles, respectivamente.

Crie soluções práticas de presentes – Luciana sugere apresentar os produtos de maneira que facilite a vida do cliente de última hora. “Crie kits por hábitos de consumo e comportamento, como de perfil gourmet, esportista, moderno, sofisticado, cuidados com o lar, entre outros.” Uma outra dica é separar opções de presentes de variadas faixas de preço.

Aposte nas vendas recorrentes – A especialista afirma que 7% dos clientes que compraram nas lojas em 2019 voltaram ao mesmo lojista em 2020. Assim, o varejista deve apostar nas vendas recorrentes. “Contate os clientes e ofereça presentes e soluções para o Dia dos Pais, utilizando como base os dados de seu comportamento de compra no passado para dar sugestões certeiras.”

Pagamento seguro e flexível – Em meio às dificuldades financeiras trazidas pela crise, os consumidores buscam condições especiais de pagamento – seis em cada dez, por exemplo, querem pagar em parcelas no cartão de crédito. Por isso, é importante oferecer soluções diversas a eles. “Os lojistas também devem estar preparados para receber via PIX, modalidade que ganhou muito espaço nos últimos meses”, afirma Luciana Carmo.

Outro ponto importante é garantir a eles uma plataforma de compra segura, já que, com o aumento de compras online, cresceram também as tentativas de fraude durante a pandemia.

Pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Sebrae, mostra que 59% dos internautas sofreram algum tipo de fraude financeira no país no último ano.

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