Produtos biológicos revolucionam a agricultura brasileira e mundial
Consumidores do mundo inteiro questionam cada vez mais o uso de agroquímicos na produção de alimentos e a resposta para eles veio com a criação dos produtos biológicos. Os biofertilizantes e os bioinseticidas agem como seus equivalentes químicos, mas são elaborados a partir de micro-organismos vivos inofensivos ao meio ambiente e ao consumo humano.
Os micro-organismos mais empregados na agricultura mundial incluem as espécies de bactérias Rhizobium, Azospirillum, Micorrhyzae, Bacillus, Pseudomonas, Trichoderma e Actinomycetes. Entre os benefícios gerados, o grupo atua na absorção de macronutrientes, fixação de nitrogênio atmosférico e ainda contribui para maior eficiência da atividade fotossintética, favorece a germinação, a regeneração do solo, a formação e a proteção das raízes.
“A escassez de NPK e o preço caro do adubo reforçaram o importante papel que os biofertilizantes podem desempenhar, um grande exemplo neste sentido são os inoculantes”, aponta Johana Rincones Perez, PhD e gerente global de Pesquisa & Desenvolvimento de Produtos Biológicos da Rovensa Next.
Segundo ela, a fixação biológica de nitrogênio através de rizóbios tornou-se uma prática comum na cultura de soja em todo território nacional. “Cepas de Bradyrhizobium spp e Azospirillum brasilense são presentes em cerca de 85% e 30% das lavouras, respectivamente”, aponta esclarecendo que Azospirillum e Bradyrhizobium são bactérias fixadoras de nitrogênio atmosférico e estimuladoras de crescimento.